segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bactérias transformam CO2 em Combustível
Pesquisadores americanos modificam geneticamente uma bactéria para que ela passe a consumir CO2 e produzir combustível.

Na Universidade da Califórnia – Los Angeles, a equipe liderada por James C. Liao criou uma cianobactéria que, a partir de dióxido de carbono, libera o combustível líquido isobutanol, que pode ser uma alternativa à gasolina.
A equação da produção do isobutanol é bastante simples, uma vez que tudo o que a cianobactéria precisa é de um pouco de sol e CO2 – elementos abundantes no nosso planeta. Outra vantagem é o fato do combustível poder ser utilizado em grande parte da infra-estrutura já existente, incluindo a maioria dos automóveis.

Para tornar este método de reciclagem de CO2 possível, os cientistas melhoraram geneticamente a cianobactéria Synechoccus elongatus, aumentando nela a quantidade da enzima RuBisCo - justamente a responsável pela fixação de CO2.

O próximo passo foi juntar genes de outros microorganismos para construir uma espécie que consumisse o dióxido de carbono e, por meio da fotossíntese, produzisse o gás “isobutyraldehyde”. A bactéria criada pode produzir o combustível diretamente, mas por enquanto os pesquisadores preferem usar um catalisador químico para converter o gás em isobutanol.

O local ideal para este sistema seriam usinas que emitem dióxido de carbono, permitindo que os gases fossem capturados e já transformados em combustíveis antes de serem lançados na atmosfera.
Fonte: Info Exame e Nature Biotechnology
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Luta climática pode prejudicar comunidades

Salvar florestas tropicais é vital para a luta contra a mudança climática, mas os esforços para deter o desmatamento podem ir para o espaço sem salvaguardas para compensar e indenizar as comunidades locais.

Florestas agem como os "pulmões" da atmosfera, absorvendo grandes quantidades das emissões de gases-estufa dos seres humanos. Bilhões de pessoas também confiam nelas como fonte de alimento e de sustento.

Pagar aos países em desenvolvimento para preservarem suas florestas é uma questão central nas negociações sobre clima da ONU na capital dinamarquesa, que visam a assegurar os esboços de um acordo global mais rígido para conter as emissões de gases-estufa a partir de 2013.

"Florestas e questões climáticas nunca estiveram tão em alta na agenda política", disse Gro Harlem Brundtland, enviada especial da ONU para a Mudança Climática, em uma reunião paralela às negociações.

Apesar disso, as florestas estão sendo destruídas a níveis alarmantes, sem uma diminuição no ritmo da destruição desde 1987, disse. "Estamos no caminho de destruir uma área do tamanho da Índia até 2017", acrescentou.

Florestas tropicais da África equatoriana ao Brasil e à Indonésia contêm algumas das reservas mais ricas de carbono e espécies no mundo, mas estão sob crescente ameaça de gente que está atrás da sua madeira e da terra para cultivar alimentos para uma população humana crescente.
Grupos indígenas na vasta bacia amazônica e nas selvas da ilha de Bornéu temem perder mais de suas terras para pecuaristas ou para plantações de soja.


Delegados presentes nas negociações estão próximos de finalizar o esboço de um esquema financeiro apoiado pela ONU que iria permitir aos países em desenvolvimento ganharem compensação em carbono em troca de salvarem, resgatarem e melhorarem o gerenciamento de suas florestas.

O esquema poderia render às nações mais pobres bilhões de dólares anuais em vendas de compensação às nações ricas. Ele colocaria, pela primeira vez sob a ONU, um preço sobre o carbono que não foi emitido ao se manter as florestas de pé, com parte do dinheiro indo para as comunidades.

"Se os povos indígenas e nativos no mundo em desenvolvimento não forem reconhecidos e não tiverem garantidos seus direitos claros, teremos mais desmatamento", disse ontem Elinor Ostrom, da Universidade de Indiana e Nobel da Economia de 2009.
Segundo ela, há um risco de expulsões de comunidades e corrupção nos esquemas de preservação a menos que salvaguardas sejam estabelecidas.


Fonte: Info Exame


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